Porto de Santos registra alta na movimentação de contêineres pelo terceiro mês consecutivo

O Porto de Santos, principal complexo portuário da América Latina, continua a apresentar desempenho positivo em 2025. Pelo terceiro mês consecutivo, a movimentação de contêineres manteve trajetória de crescimento, atingindo 460 mil TEUs (unidades equivalentes a contêineres de 20 pés) no mês de março, um avanço de 1,2% em relação ao mesmo período de 2024. O volume representa a maior marca já registrada para um mês de março no terminal.
Com esse desempenho, o acumulado do ano já alcança 1,3 milhão de TEUs, estabelecendo um novo recorde trimestral, com crescimento de 6,9% sobre o primeiro trimestre do ano anterior. Os dados confirmam o fortalecimento da atividade portuária brasileira, puxada principalmente pelo agronegócio, combustíveis e produtos industrializados.
Destaques nas commodities agrícolas
Entre as cargas que impulsionaram a movimentação portuária, a soja foi novamente o grande destaque, com 6,1 milhões de toneladas embarcadas, um salto de 14,7%. A celulose também apresentou forte desempenho, com 730 mil toneladas movimentadas, representando um crescimento expressivo de 18,9%.
Outros produtos do agronegócio também registraram altas relevantes:
- Farelo de soja: 898,8 mil toneladas ( 9,5%);
- Milho: 1,7 mil toneladas ( 36,7%).
Esses resultados reforçam o papel estratégico do Brasil como fornecedor global de alimentos e insumos agrícolas, especialmente em um momento de alta demanda nos mercados internacionais.
Combustíveis e energia em ascensão
No setor de combustíveis, a gasolina registrou crescimento impressionante de 235,6% em março, totalizando 106,8 mil toneladas movimentadas. Esse resultado reforça a tendência já observada em fevereiro, quando o produto havia registrado alta de 70,8%, e reflete o aumento no consumo interno, além da maior circulação e exportação de derivados de petróleo.
Reflexos para a logística internacional
O crescimento contínuo da movimentação de cargas no Porto de Santos indica um cenário logístico mais aquecido, com impactos diretos na demanda por armazenagem, transporte rodoviário e disponibilidade de contêineres. Para operadores logísticos, importadores e exportadores, esse crescimento traz oportunidades, mas também exige atenção redobrada com planejamento de embarques, reservas antecipadas e gestão eficiente da cadeia de suprimentos.