A Colômbia pode assumir em breve o posto de principal fornecedora de café para os Estados Unidos, impulsionada pelos efeitos do tarifaço americano que impactou diretamente as exportações brasileiras. O novo cenário abriu espaço para o avanço do café colombiano no maior mercado consumidor do mundo.

De acordo com dados da Associação Nacional de Comércio Exterior (Analdex) e da Associação Nacional dos Exportadores de Café (Asoexport), as exportações colombianas para os EUA cresceram 14,7% entre janeiro e agosto de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Em 2024, o Brasil liderava com 32% de participação no mercado americano, enquanto a Colômbia ocupava a segunda posição, com 19%. Entretanto, as vendas brasileiras de café caíram 20,7% em 2025, reduzindo a diferença entre os dois países e ampliando a competitividade do produto colombiano.

Mudança no fluxo global de exportações

O comércio internacional do café vem passando por transformações profundas em 2025, resultado direto das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Se as medidas forem mantidas, especialistas afirmam que a Colômbia poderá se consolidar como a principal fornecedora de café para o mercado norte-americano, superando o Brasil.

Além de afetar o setor cafeeiro, o tarifaço americano vem impactando outras cadeias produtivas importantes, com reflexos diretos no comércio exterior latino-americano e nas logísticas de exportação.

Impactos no comércio e na logística internacional

As medidas reforçam a tendência de reconfiguração das rotas comerciais globais. Segundo analistas do setor logístico, o efeito imediato é o redirecionamento de cargas, especialmente de produtos com maior demanda nos EUA, como o café com tratamento tarifário preferencial.

Para empresas de comércio exterior e logística, esse novo contexto exige planejamento estratégico, diversificação de mercados e ajuste nas cadeias de suprimentos, a fim de mitigar riscos e custos adicionais decorrentes das tarifas.