Tarifas de frete aéreo sobem devido à alta demanda e à falta de capacidade
As tarifas de frete aéreo vêm registrando aumentos consecutivos nas últimas semanas, especialmente em rotas com origem na Ásia, onde o volume de exportações cresceu de forma expressiva neste período de peak season - tradicionalmente o mais movimentado do ano para o transporte internacional de cargas.
Alta demanda pressiona o mercado
O crescimento da demanda por transporte aéreo de produtos eletrônicos, têxteis, componentes automotivos e cargas expressas tem sobrecarregado os principais hubs asiáticos, como Hong Kong, Xangai, Shenzhen e Taipei.
Com o aumento do fluxo de exportações, a capacidade disponível nos porões das aeronaves diminuiu, resultando em maior disputa por espaço e elevação das tarifas spot. Em algumas rotas, os custos já superam os US$ 7 por quilo, valor até 30% acima das médias observadas no trimestre anterior.
Impacto global e ajustes logísticos
Os reflexos dessa alta se estendem a rotas Europa-Américas e Ásia-América do Sul, onde os embarcadores relatam dificuldades em garantir espaço com antecedência e maior volatilidade nos preços.
Operadores logísticos apontam que as companhias aéreas estão priorizando cargas de maior valor agregado e reajustando acordos contratuais de longo prazo, o que torna o cenário ainda mais desafiador para exportadores e importadores.
Planejamento é essencial
Para diminuir os impactos, especialistas recomendam que embarcadores:
- Reservem espaço com antecedência, especialmente em rotas de alta demanda;
- Diversifiquem origens e destinos, buscando aeroportos secundários;
- Avaliem opções multimodais, combinando transporte aéreo e marítimo;
- Monitorem as oscilações de mercado e as atualizações de tarifas semanais.
Perspectivas
A expectativa é que o mercado permaneça pressionado até o fim de novembro, quando a demanda tende a se estabilizar com o término da peak season e a redução das exportações de final de ano.
Ainda assim, analistas de transporte aéreo avaliam que os preços dificilmente retornarão aos níveis anteriores devido à pressão constante sobre capacidade, custos operacionais e consumo global em recuperação.