EUA reduzem tarifas para produtos agropecuários, e Brasil pode ser um dos maiores beneficiados
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na semana passada, um decreto que reduz tarifas recíprocas sobre produtos agropecuários, medida que pode abrir novas oportunidades comerciais para diversos países exportadores - incluindo o Brasil.
Diferentemente de acordos bilaterais, a medida não se aplica a um país específico, mas sim a categorias de produtos que entram no mercado norte-americano. Entre os itens contemplados estão:
- Carne bovina e suína
- Café
- Frutas tropicais frescas ou congeladas
- Castanha-do-pará
- Açaí
Brasil entre os principais beneficiados
Como maior produtor mundial de café e forte exportador de carne, castanha-do-pará, açaí e frutas tropicais, o Brasil tende a ser diretamente favorecido pela redução tarifária.
Exportadores brasileiros aguardam, porém, a publicação dos detalhes técnicos, já que a extensão da redução tarifária ainda não foi divulgada pelo governo norte-americano. A medida pode:
- Aumentar a competitividade dos produtos brasileiros nos EUA;
- Elevar volumes exportados no curto prazo;
- Reduzir custos logísticos e tributários, dependendo do produto e da cadeia de distribuição;
- Reforçar a posição do Brasil no mercado agro em um momento de demanda crescente.
Impacto comercial e logístico
Para o setor de comércio exterior, a redução tarifária pode estimular:
- Novos contratos com importadores americanos;
- Maior demanda por serviços logísticos, especialmente transporte marítimo refrigerado (reefer), muito utilizado no envio de carnes e frutas;
- Ajustes em planejamento de produção e fluxos de exportação.
- Empresas brasileiras do agronegócio já monitoram o cenário para avaliar ganhos de margem e possibilidades de expansão nos Estados Unidos, um dos mercados mais competitivos do mundo.
O que esperar agora?
A expectativa é que, nas próximas semanas, o governo americano publique:
- O percentual exato da redução tarifária por categoria;
- A vigência da medida;
- Possíveis condicionantes sanitários e fitossanitários.
Enquanto isso, especialistas destacam que o Brasil deve se preparar para ampliar sua presença no mercado americano, aproveitando a janela de oportunidade criada pela decisão.