A Receita Federal iniciou a implementação do Projeto TRAM (Trânsito Aduaneiro Monitorado) na 8ª Região Fiscal, em São Paulo. A iniciativa, considerada um marco para a modernização do trânsito aduaneiro no Brasil, tem como objetivo aprimorar o acompanhamento de cargas em deslocamento rodoviário após a descarga em portos e aeroportos.

Como funciona o Projeto TRAM?

O TRAM consiste no compartilhamento de informações em tempo real sobre o transporte de cargas importadas. Essa troca de dados envolve transportadores, depositários de recintos alfandegados, gerenciadores de risco, importadores e a própria Receita Federal.

Na prática, o sistema permitirá que todos os atores envolvidos tenham visibilidade e previsibilidade sobre o deslocamento da mercadoria. Isso significa mais segurança logística e um combate mais eficiente a fraudes, roubos e desvios.

Parceria público-privada para eficiência aduaneira

O modelo adotado no TRAM segue uma lógica de parceria público-privada, semelhante à já praticada entre a Aduana e os recintos alfandegados. Essa integração entre setor público e privado possibilita maior agilidade, redução da burocracia e melhora na gestão aduaneira.

Segundo especialistas, o sistema poderá se tornar uma certificação de qualidade logística, já que empresas que operarem com cargas monitoradas pelo TRAM terão condições de oferecer um nível diferenciado de serviço.

Impactos para o comércio exterior

A implementação do TRAM representa um avanço importante para o comércio exterior brasileiro. Entre os principais benefícios esperados estão:

• Maior transparência no trânsito de cargas;
• Redução de riscos e custos logísticos;
• Agilidade no desembaraço aduaneiro;
• Competitividade internacional, ao tornar os processos mais confiáveis.

Além disso, a Receita Federal planeja expandir o projeto para outras regiões do país, fortalecendo ainda mais a infraestrutura logística nacional.

O Projeto TRAM surge como uma inovação estratégica para o trânsito aduaneiro no Brasil, com potencial de transformar a forma como cargas são monitoradas e transportadas no território nacional. Ao unir tecnologia, colaboração público-privada e foco em segurança, o sistema promete oferecer ganhos significativos para importadores, exportadores e toda a cadeia logística.