Poucas empresas brasileiras usam Inteligência Artificial na logística

Pesquisa revela baixa adesão à tecnologia em um setor que representa quase 20% do PIB nacional; sustentabilidade e eficiência operacional também são desafios
Um levantamento revelou que apenas três em cada dez empresas brasileiras utilizam Inteligência Artificial (IA) para aprimorar seus processos logísticos. O dado, que corresponde a 30% das companhias entrevistadas, indica um potencial ainda subutilizado em um setor estratégico, que representa cerca de 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Sustentabilidade avança, mas ainda é tímida
Embora 59% das empresas afirmem já adotar medidas sustentáveis para reduzir impactos ambientais, o número ainda é considerado modesto frente às exigências regulatórias e à urgência da crise climática. Entre os indicadores mais utilizados para avaliar o desempenho sustentável estão a emissão de CO2 (23,7%) e a satisfação do cliente (18,8%).
Eficiência operacional é desafio para 80% das empresas
Outro dado preocupante é que 80% das empresas relatam dificuldades com a eficiência operacional. A crescente digitalização das operações logísticas exige a adoção de tecnologias voltadas à segurança de dados, como criptografia e sistemas de proteção, já implementados por 58% das organizações.
Logística reversa em foco com crescimento do e-commerce
Com o crescimento acelerado do comércio eletrônico, a logística reversa passou a ocupar papel central na estratégia das empresas. De acordo com o levantamento, 66% das companhias já estão analisando ou estruturando seus processos de devolução de produtos, um ponto essencial para melhorar a experiência do consumidor e reduzir desperdícios.
Potencial de transformação ainda é grande
Os números revelam que o setor de logística brasileiro está em fase inicial de transformação digital, com amplo espaço para a adoção de soluções baseadas em IA e análise de dados em tempo real. A Inteligência Artificial pode ajudar empresas a otimizarem rotas, reduzir custos, prever demandas e tomar decisões mais estratégicas.
Com a crescente complexidade da cadeia de suprimentos e a pressão por práticas mais sustentáveis e eficientes, especialistas alertam que o investimento em tecnologia será um diferencial competitivo decisivo nos próximos anos.