O cenário do comércio internacional em 2025 será fortemente influenciado pelas oscilações cambiais e pelas políticas monetárias adotadas pelas principais economias mundiais. A volatilidade das moedas impacta diretamente os custos de importação e exportação, exigindo que empresas desenvolvam estratégias eficazes de gestão de risco cambial para manter sua competitividade.

A seguir, apresentamos as perspectivas para as três moedas mais relevantes no comércio global: Dólar (USD), Euro (EUR) e Yuan (CNY).

Dólar Americano (USD): A Principal Moeda do Comércio Internacional

O dólar americano continuará sendo a moeda predominante no comércio global em 2025, mas sua valorização ou desvalorização será influenciada por diversos fatores. Entre os principais desafios que podem impactar o dólar, destacam-se:

• Políticas econômicas internas dos Estados Unidos - A política monetária do Federal Reserve (Fed) será determinante na variação do câmbio. A manutenção ou alteração da taxa de juros pode impactar significativamente o fluxo de capitais globais.
• Tensões geopolíticas e sanções econômicas - Conflitos comerciais e disputas internacionais, especialmente com a China e Rússia, podem influenciar a confiança no dólar e seu papel no comércio exterior.
• Desempenho da economia americana - Indicadores como inflação, PIB e taxa de desemprego podem levar a ajustes na política cambial e na taxa de juros, afetando a cotação da moeda.

As empresas que operam com transações em dólar devem estar atentas às políticas do Banco Central dos EUA e aos desdobramentos econômicos globais que possam gerar volatilidade na moeda.

Euro (EUR): Desafios e Impactos no Comércio Internacional

O euro continuará sendo uma das moedas mais importantes do comércio global, especialmente para operações envolvendo a União Europeia. No entanto, a estabilidade do euro pode ser impactada por diversos fatores, tais como:

• Crescimento econômico e política monetária do Banco Central Europeu (BCE) - O BCE pode ajustar as taxas de juros para controlar a inflação, o que impactaria a valorização ou desvalorização do euro.
• Questões geopolíticas na zona do euro - Desafios políticos, como a governança fiscal da União Europeia e possíveis crises em países membros, podem comprometer a confiança na moeda.
• Oscilações na demanda de exportações e importações - A dependência da Europa do comércio com a China e os EUA pode tornar o euro mais vulnerável a choques externos.

Empresas que negociam em euros devem acompanhar de perto as decisões do BCE e os desdobramentos políticos na região para planejar suas operações de forma estratégica.

Yuan (CNY): A Internacionalização da Moeda Chinesa

A China segue buscando a internacionalização do yuan, tentando reduzir a dependência do dólar em suas transações comerciais. O Banco Central da China tem implementado medidas para fortalecer a moeda e torná-la mais presente no comércio global.

• Acordos bilaterais e redução da dependência do dólar - A China vem expandindo acordos comerciais onde as transações são feitas em yuan, fortalecendo sua aceitação internacional.
• Controle estatal sobre a moeda - Apesar dos avanços, a livre conversibilidade do yuan ainda enfrenta desafios regulatórios, o que pode limitar seu uso global.
• Estabilidade financeira global - O governador do Banco Central da China, Pan Gongsheng, destacou que a estabilidade do yuan é essencial para a economia mundial, reforçando a necessidade de políticas cambiais previsíveis.

Para as empresas que mantêm operações comerciais com a China, é essencial acompanhar de perto as políticas cambiais chinesas, especialmente no que diz respeito à conversibilidade do yuan e suas relações comerciais globais.