Modal Aéreo: Brasil lança programa para facilitar exportações

Em mais um passo para fortalecer a logística internacional e estimular as exportações, o Governo Federal lançou um novo programa voltado ao modal aéreo, com o objetivo de agilizar o escoamento de produtos brasileiros ao exterior por meio de transporte aéreo de cargas.
O programa faz parte da Agenda de Modernização do Comércio Exterior Brasileiro e visa atender principalmente empresas de pequeno e médio porte, que dependem de agilidade e eficiência logística para manter a competitividade nos mercados internacionais.
O que muda com o novo programa?
O novo plano traz ações integradas para simplificar e digitalizar os processos de exportação por via aérea, com destaque para:
- Desburocratização no despacho aduaneiro de cargas;
- Redução de prazos para liberação de mercadorias;
- Integração de sistemas eletrônicos entre Receita Federal e operadores logísticos;
- Incentivos para que mais aeroportos regionais operem cargas internacionais;
- Criação de corredores logísticos com voos cargueiros dedicados para rotas estratégicas;
- Parcerias com companhias aéreas, terminais de carga e órgãos anuentes para promover mais fluidez nas operações.
A meta é transformar o modal aéreo em uma alternativa viável e competitiva, inclusive para produtos com maior valor agregado, perecíveis ou de alta demanda de agilidade, como medicamentos, tecnologia, cosméticos, alimentos processados e itens de moda.
Por que o modal aéreo é estratégico para o Brasil?
Apesar de o Brasil contar com uma extensa malha logística terrestre e marítima, o modal aéreo representa apenas 1% do volume das exportações, mas responde por mais de 10% do valor financeiro total exportado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O novo programa visa corrigir gargalos históricos, como altos custos operacionais, falta de estrutura em aeroportos regionais e entraves aduaneiros, que hoje limitam o uso da via aérea por parte de muitos exportadores brasileiros.
Além disso, o transporte aéreo pode ser essencial para diversificar mercados e ampliar a presença internacional de empresas brasileiras, especialmente em destinos de difícil acesso por via marítima ou terrestre.
Benefícios esperados para exportadores e operadores logísticos
Com a implantação do programa, o governo espera:
- Redução no tempo médio de exportação aérea em até 30%;
- Aumento da competitividade de produtos brasileiros no exterior;
- Expansão da capacidade de atendimento a mercados estratégicos como EUA, Europa e Ásia;
- Estímulo à intermodalidade, com conexões integradas entre transporte terrestre e aéreo;
- Melhora no ambiente de negócios e na confiança dos exportadores no modal aéreo.