A locação de galpões logísticos segue em alta no Brasil e na Cidade do México, dois dos principais mercados da América Latina. O movimento é impulsionado pela forte demanda e pela baixa taxa de vacância, o que vem pressionando os preços.

Vacância em queda e estoque em expansão

No primeiro semestre de 2025, a taxa média de vacância nos principais mercados da região foi de 5,83%, uma redução de 13,1% em relação ao mesmo período de 2024. O estoque total de galpões logísticos atingiu 45,8 milhões de m², alta de 4,28% na comparação anual.

São Paulo e Cidade do México concentram 72% desse estoque, consolidando-se como os maiores polos industriais da América Latina.

Preços sobem em São Paulo, Rio e Cidade do México

A Cidade do México liderou os preços de locação de galpões, com US$ 11,05/m² por mês, uma alta de 23% frente a 2024. Em São Paulo, o valor médio foi de US$ 5,21/m² por mês, com avanço de 14%, enquanto o Rio de Janeiro registrou US$ 4,09/m², também em trajetória de alta.

Nearshoring impulsiona demanda

Especialistas apontam que o movimento está ligado ao nearshoring, estratégia de realocação de operações industriais para regiões mais próximas dos mercados consumidores. Essa tendência ganhou força após a pandemia, quando as cadeias de suprimentos globais foram afetadas pela escassez de insumos, principalmente vindos da Ásia.

Perspectivas para 2025 e 2026

No Brasil, a expectativa é de que, caso o ritmo de absorção e novas entregas se mantenha em São Paulo e Rio de Janeiro, os preços de locação de galpões logísticos continuarão em alta nos próximos dois anos.