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Irã x Israel: um conflito que já custa caro ao comércio internacional

Irã x Israel: um conflito que já custa caro ao comércio internacional

Conflito reacende tensões no Mar Vermelho e impacta custos logísticos no comércio exterior

As crescentes tensões entre Irã e Israel têm causado apreensão nos mercados globais e já apresentam reflexos diretos nos custos do comércio exterior. O recente agravamento do conflito intensificou os riscos nas rotas marítimas que cruzam o Mar Vermelho, especialmente no estreito de Bab el-Mandeb - um dos principais corredores do comércio internacional.

Empresas de transporte marítimo têm sido forçadas a redirecionar rotas para evitar a área de conflito, aumentando significativamente os prazos de entrega e os custos operacionais. Com a insegurança na região, os prêmios de seguro para cargas e embarcações subiram, pressionando o custo final das mercadorias, tanto para importadores quanto para exportadores.

Navios que normalmente utilizariam o Canal de Suez estão sendo desviados para rotas mais longas ao redor do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Essa alteração pode adicionar de 10 a 15 dias ao tempo de trânsito entre a Ásia e a Europa, além de aumentar os custos de combustível e reduzir a disponibilidade de contêineres.

Além disso, o clima de instabilidade na região tem gerado volatilidade nos preços do petróleo, outro fator que impacta diretamente os custos logísticos globais. O aumento do preço do barril pressiona as cadeias de suprimentos e encarece o transporte, em especial o marítimo.

Especialistas em comércio exterior alertam que o prolongamento das tensões pode comprometer ainda mais a fluidez logística global, especialmente em um momento de recuperação econômica em vários países. A recomendação para operadores de comércio internacional é revisar estratégias logísticas, renegociar cláusulas contratuais e monitorar de perto a evolução do cenário geopolítico.

Enquanto não há sinais claros de desescalada, o conflito entre Irã e Israel segue como um fator de risco relevante para o comércio global, demonstrando mais uma vez como disputas regionais podem ter impactos globais significativos.