EUA assina decreto de isenção de tarifas sobre diversos produtos do Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no último dia 20 de novembro um decreto que prevê a isenção de tarifas recíprocas para vários produtos agropecuários importados, medida que pode favorecer exportadores brasileiros de itens como carne, café, frutas tropicais, castanha-do-pará e açaí.
Produtos beneficiados pela isenção
Entre os principais itens contemplados pelo decreto estão:
- Carne bovina e suína
- Café
- Frutas tropicais, frescas ou congeladas
- Castanha-do-pará
- Açaí
Esses produtos fazem parte de um pacote que visa aliviar barreiras tarifárias sem redirecionar a medida a um país específico, mas sim a categorias produtivas. Veja a lista completa de produtos isentados.
Impactos para o Brasil
Como grande produtor e exportador de café, carne, castanha-do-pará e açaí, o Brasil deve ser um dos maiores beneficiados por essa decisão. A isenção pode:
- Aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado norte-americano;
- Impulsionar volumes de exportação;
- Reduzir custos logísticos e tributários para exportadores que vendem para os EUA;
- Abrir novas oportunidades para países que têm participação relevante nessas cadeias produtivas.
Ainda assim, não foi divulgado oficialmente o percentual exato da redução tarifária, o que gera incertezas sobre o impacto real para cada produto beneficiado.
Repercussões no setor logístico
A medida tem implicações diretas para a cadeia de comércio exterior e logística internacional:
- Operadores logísticos, transportadoras marítimas e aéreas podem observar aumento na demanda por esses itens exportados do Brasil para os EUA;
- Importadores americanos poderão buscar maiores volumes, gerando ajustes nos processos de embarque, armazenagem e transporte;
- Empresas brasileiras exportadoras precisam se preparar para renegociar contratos, planejar a produção e garantir capacidade logística para aproveitar a janela comercial criada pela isenção.
A isenção tarifária representa uma oportunidade estratégica para os exportadores brasileiros, especialmente para aqueles que atuam nos setores de agropecuária de alto valor agregado. Porém, a falta de clareza sobre a extensão das reduções exige atenção por parte dos empresários: é fundamental acompanhar como o decreto será regulamentado, além de adaptar a logística para maximizar os ganhos potenciais.
Com a decisão, o Brasil pode reforçar sua presença no mercado americano e fortalecer laços comerciais, mas cautela e planejamento serão essenciais para transformar a isenção em vantagem competitiva.