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Auditores fiscais iniciam paralisação às terças e quartas por reajuste salarial

Auditores fiscais iniciam paralisação às terças e quartas por reajuste salarial

Desde o dia 05 de novembro, auditores fiscais da Receita Federal de todo o país iniciaram paralisações semanais às terças e quartas-feiras durante o mês de novembro, em protesto por reajuste salarial. A decisão foi tomada em Assembleia Nacional, após tentativas frustradas de negociação com o governo para o reajuste do vencimento básico da categoria.

A paralisação afetará serviços nas aduanas, incluindo o Porto de Santos, e na Zona Secundária, que é responsável pela arrecadação de impostos. Os auditores buscam retomar a mesa de negociação para discutir a reposição dos vencimentos pela inflação, compromisso que, segundo o sindicato da categoria, foi rompido pelo governo.

Desde setembro, os auditores fiscais vêm expressando descontentamento. Em ações anteriores, a categoria realizou uma "operação-padrão" nas aduanas e "dias sem computador" na Zona Secundária, estratégias que visavam aumentar o tempo de fiscalização e reduzir a eficiência do sistema. Em outubro, as paralisações ocorreram nos dias 16, 23, 29 e 30, mas sem sucesso nas negociações.

A motivação para a nova série de paralisações surgiu após o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informar, em 4 de julho, que não daria continuidade à instalação da mesa de negociação. Desde então, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) buscou dialogar com a administração da Receita Federal e o MGI, mas não obteve avanços.

Durante os dias de paralisação, serviços essenciais como a liberação de cargas vivas, perigosas, perecíveis, medicamentos e alimentos de bordo continuarão operando no Porto de Santos. A interrupção das demais atividades, porém, pode impactar o fluxo de mercadorias e gerar atrasos, especialmente nas operações de importação e exportação, aumentando o clima de tensão entre o governo e os auditores fiscais.

A expectativa é que a paralisação continue até que o governo apresente uma proposta de negociação ou sinalize uma reabertura para o diálogo.