Desde a implementação do Centro de Tratamento Tecnológico (CTT) no início de 2024, a administração de processos logísticos no transporte aéreo de cargas tem apresentado avanços significativos no Brasil. A nova estrutura, desenvolvida com foco na digitalização e automação, promete transformar a forma como mercadorias são gerenciadas e desembaraçadas nos principais aeroportos do país.

Com a adesão de operadores logísticos, companhias aéreas e agentes de carga ao sistema, a implementação do CTT tem sido apontada como um divisor de águas no setor, reduzindo custos, prazos e gargalos operacionais.

O que é o CTT?

O Centro de Tratamento Tecnológico é uma plataforma integrada que automatiza processos de recepção, triagem e liberação de cargas em aeroportos. O sistema centraliza as informações de todos os agentes envolvidos na operação, desde o registro da carga no ponto de origem até sua liberação final. Com isso, elimina-se a necessidade de etapas manuais ou processos burocráticos que anteriormente atrasavam o fluxo de transporte.

De acordo com a Receita Federal, o objetivo do CTT é garantir mais transparência, segurança e eficiência às operações, contribuindo diretamente para a competitividade do transporte aéreo brasileiro no cenário global.

Desde sua implementação, o CTT já trouxe impactos positivos notáveis:

• Redução de prazos: O tempo médio para liberação de cargas caiu de 48 para 24 horas em aeroportos como Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).
• Diminuição de custos: Com menos etapas manuais e burocráticas, operadores logísticos relatam uma redução de até 20% nos custos operacionais.
• Rastreamento eficiente: A digitalização completa do processo permite rastrear cada etapa em tempo real, garantindo mais segurança e previsibilidade.

Desafios na Transição

Apesar dos benefícios, a implementação do CTT também trouxe desafios. Empresas de menor porte relataram dificuldades para se adequar às novas exigências tecnológicas, como a necessidade de softwares específicos e integração com o sistema centralizado.

Além disso, a capacitação de profissionais para operar o novo sistema foi outro obstáculo. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal destacou a importância de treinamentos contínuos para garantir o pleno funcionamento da plataforma.

Especialistas destacam que o CTT aproxima o Brasil dos padrões internacionais de logística aérea, tornando o país mais atrativo para operações de importação e exportação. A agilidade e a redução de custos fortalecem a posição do Brasil em um mercado global altamente competitivo.

Com o sucesso inicial, o governo planeja expandir o modelo do CTT para outros modais, como transporte marítimo e rodoviário. A expectativa é de que, até 2025, a plataforma esteja totalmente integrada em todas as zonas alfandegadas do país, promovendo um ambiente logístico mais moderno e eficiente.

A implementação do CTT reflete um movimento essencial para modernizar a infraestrutura logística brasileira, colocando o país em um novo patamar no cenário do comércio exterior.